RETORNAR ÀS NOTÍCIAS - Rendas de 493 euros passaram a custar 733 euros (em apenas cinco anos)


04-04-2023 17:44h Vários

Não é surpresa mas os números são reveladores do que está a acontecer no mercado imobiliário em Portugal, nos últimos anos.

Comprar casa está (muito) mais caro e também arrendar casa está muito mais caro.

Os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, destacados no Jornal de Notícias, mostram que em média uma renda custava 733 euros no final de 2022.

Em 2017, há apenas cinco anos, a média do arrendamento em Portugal era de 493 euros.

 

Ou seja, arrendar casa ficou 240 euros mais caro, desde 2017. As contas foram feitas com base num apartamento com a área útil média (112,4 m2).

A subida dos preços registou-se em – quase – todo o país. Os únicos concelhos onde os preços desceram nestes cinco anos são Mira (caíram 13%) e Borba (queda de 9%). Mira fica no distrito Coimbra e Borba em Évora.

maior subida absoluta foi em Cascais: mais 508 euros. A maior subida relativa decorreu na Batalha: rendas 74% mais caras.

Lisboa tem o valor médio de renda mais elevado, com 1.448 euros. Segue-se o Porto, com 1.122 euros.

PUBLICIDADE
 

Os recordes continuam: quase 100 mil contratos de arrendamento num só ano, em 2022; e média de 6,52 euros por metro quadrado.

Há dois motivos que impulsionam este aumento recorde: a subida das taxas de juro do crédito à habitação – os interessados preferem arrendar do que comprar casa – e o maior número de imigrantes que escolhem Portugal para viver, devido à falta de mão-de-obra em diversos sectores.

Aliás, de acordo com Paulo Caiado, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, esta subida está relacionada com a maior procura por Portugal devido ao PRR: “Está a exigir mão de obra que Portugal não tem e quem chega tem de ficar alojado”.

“Seguramente vamos continuar a assistir a uma pressão para que os preços aumentem“, avisou.

Os senhorios que têm contratos de arrendamento anteriores a 1990 só vão ser compensados em 2024, por estarem impedidos de actualizar o valor da renda.

   ZAP //

 

04/04/2023